Contando o parto

06/01/12



Relato, nascimento Indra.


"Entrei na banheira e começou o momento mais delicioso, já era umas 18h, as luzes no banheiro eram suaves, o cheiro de camomila estava me acalmando e a musica me relaxava mais ainda, estava meditando" Esdra Zin
Quarta-feira, 15 de setembro.

À noite fui ao cinema com os meus pais, durante o filme (fui assistir Nosso Lar) senti uma dor muito intensa, forte e longa. Foi a minha primeira contração com dor.


Quinta-feira, 16 de setembro.
Durante o dia foi tudo tranqüilo, à noite, porém eu estava me sentindo um pouco desconfortável e estava tendo algumas contrações, fiquei um pouco desconfiada.




Sexta, 17 de setembro.


 Na madrugada de quinta para sexta, eu comecei a sentir dores mais fortes, mas suportáveis, passei tudo isso em silêncio, sem comentar nada para meus pais, liguei para a Tati, enfermeira obstetra,  mas ela não atendeu, então liguei para a Glaucia, fisioterapeuta, e avisei, ela me tranquilizou e voltei a dormir, em um momento que fui ao banheiro, quando olhei no vaso levei um susto, o tampão do útero saiu. Voltei a ligar para a Glau, e um tempo depois a Tati me liga, explico tudo, volta a me tranqüilizar.   
Na parte da manhã a Glau vem a minha casa junto com a Jessica, a quem eu ainda não conhecia. Mediram a minha dilatação, diga-se o toque não é nem um pouco confortável, estava com 3 cm, eu já tinha passado uma semana com 1 cm de dilatação, agora era esperar se ia ter continuidade ou ia estabilizar. A Glau ficou aqui em casa na espera da Tati chegar, que estava voltando de Maringá.
Durante toda a manha eu fiquei andando para lá e para cá, para aliviar as dores, eu estava inquieta e comecei a fazer o almoço cedo. Eu estava tranqüila (a base de calmante) e sorridente.
A Tati chegou, fez novamente o toque, estava com 4 cm, agora era confirmado, eu estava em trabalho de parto. Minha mãe estava comigo, e no decorrer da tarde fomos avisando as pessoas, a Fran, melhor amiga, chegou aqui em casa para me fazer companhia. Próximo as 16h, eu estava na cozinha, me levantei da cadeira rindo de alguma coisa que a Fran falou, não lembro, dei alguns passos e assim minha bolsa estourou. A partir dai as coisas aceleram. Começamos a encher a banheira, e enquanto ela enchia e esperava a temperatura da água estar boa, eu fiquei no chuveiro, na bola de pilates recebendo massagem e relaxando.
Entrei na banheira e começou o momento mais delicioso, já era umas 18h, as luzes no banheiro eram suaves, o cheiro de camomila estava me acalmando e a musica me relaxava mais ainda, estava meditando. As contrações surgiam e eu me mexia dentro da água com movimentos suaves transformando a dor em sensações tranqüilas e suportáveis. Meu pai sempre ao meu lado, eu segurava sua mão como ponto de apoio, trouxeram gelatina para comer e me refrescava.  Estava tão relaxada que acharam que minhas contrações tinham parado, mas eu as recebia com prazer.
Esdra e Indra
Foto: Eduarda Albuquerque
No momento em que as contrações começaram a surgir mais forte, chegava a hora de a Indra nascer, a contração vinha forte e eu fazia força, mas me diziam para relaxar - Deixe vim, tranqüilo - E lá vinha a dor insuportável novamente, e eu fiz força, a Indra voltava, porém concentrada como eu estava foi fácil relaxar, e quando tranqüila, ela nasceu.
Recebi em meus braços limpa e com os olhos abertos. Nós, ligadas pelo cordão umbilical, ficamos nos curtindo dentro da água, e minha família a minha volta. Depois do cordão cortado ela foi levada para fazer os exames e eu fui me cuidar, fui para minha cama, saiu a placenta e foi dado os pontos.
Ela veio para mim, tentei amamentá-la, mas ela estava tranqüila. Tomei meu banho, me alimentei e dormi junto a ela na cama.
A Indra nasceu com 39 semanas e 2 dias, às 21h27min. Pesando 3,300 e medindo 50cm.
Apgar 1min. 9 e 5min. 10
Estavam presentes a Tatianne Calvacante Frank, enfermeira obstetra, Glaucia Breda, fisioterapeuta, Altair Pellanda, obstetra, convidado.
Aquele momento inesquecível e que sinto enormes saudades.
"Quero voltar a sentir aquela sensação de paz, concentração e tranquilidade que eu senti no momento do nascimento, o movimento suave na água, o cheiro da camomila me relaxando, a musica que me mantinha concentrada, aquela mão que me segurava e me apoiava."




20/11/2011
"No começo da gestação eu tinha medo de morrer na hora do parto. No dia do parto eu nem pensei nisso, mas talvez eu tenha “morrido” mesmo, só que de outra forma. Ou melhor...eu renasci. Não achei a dor insuportável, não pensei em anestesia e nem em ir para o hospital, pra mim tudo estava dando certo". Relato de parto da Gabriela Gonçalves com o atendimento da Equipe Hanami.


Gabriela, Renato e Isabel junto com a Equipe Hanami
Foto: Arquivo pessoal
 Com 37 semanas a equipe de parto domiciliar começou a me visitar. No dia 6 de agosto completei 40 semanas, e a noite comecei a ter contrações sem dor e sem muito ritmo certo. Na manhã do dia sete liguei pra Enf. Obstetra e ela veio até em casa me avaliar pra ver se eu estava em TP, mas era apenas uma preparação do meu corpo...para o grande dia. Na quarta feira comecei a ter algumas contrações com dor à noite, pareciam cólicas, não dormimos muito bem na noite de quarta pra quinta. Então na quinta feira de manhã eu liguei pra equipe e a Enf. veio novamente até minha casa, constatou 2cm de dilatação, mas contrações ainda sem ritmo certo, e disse que poderia nascer naquele dia ou no dia seguinte!  Não almocei muito bem e dormi pouco à tarde, pois já estava sentindo dor nas contrações. Caminhamos e no fim do dia a Vânia e a Iara (Enfermeiras da equipe) vieram me examinar. Quando elas chegaram me examinaram e disseram que eu deveria chamá-las quando estivesse com contração de 5 em 5 minutos. Pronto, foi  elas irem embora e começaram as contrações de 5 em 5 min ...eu disse para o meu companheiro ligar pra elas voltarem. Eram umas 9 horas da noite. Na tentativa de achar uma posição confortável eu descobri que se sacudissem minhas pernas durante a contração eu relaxava...e assim foi. Descobri também que durante a contração se falassem pra eu relaxar, tipo relaxa os ombros, respira etc eu meio que despertava da contração e descontraía meu corpo.  Então imagine só...escalei meu companheiro, como representante oficial da minha técnica, aí era assim...quando vinha a contração o Renato tinha que sacudir minhas pernas e falar comigo. Quando ele parava de falar (lógico, às vezes ele se sentia meio maluco repetindo as mesmas palavras!!) parecia que doía mais...portanto...sacudindo e falando. E assim foi.  Mais ou menos uma hora e meia depois chegaram mais duas enfermeiras da equipe.  Passei umas 3 horas sentada no sofá (no esquema sacode pernas e fala), sentia dores no baixo ventre, tipo cólica bem forte, então colocamos uma bolsa de água quente no ventre, foi ótimo. Tentamos um escalda pés...mas não deu certo...eu queria que chacoalhassem minhas pernas durante a contração. Tentei depois a bola suíça como alternativa pra sair do sofá...mas meu negócio era sacudindo as pernas, não me encontrei na bola. Nesse meio tempo chegou uma amiga que veio colaborar. Minhas contrações começaram a vir de 3 em 3 minutos, isso era 1:30 da madrugada. Bom, aí eu já não tava mais aguentando ficar no sofá no esquema sacode e fala. Levantei e resolvi andar com o Renato pela casa. Eu praticamente andava de olhos fechados, porque cada vez que eu tinha contração eu fechava os olhos...acho que era automático. E assim fomos, andando pela casa, abraçados, em passos de tartaruga. Durante esse período elas foram arrastando móveis, enchendo a piscina, guardando a louça da cozinha. Bom, aí já eram 3 horas da madrugada. Eu não tinha mais posição, resolvi tentar o chuveiro. Lá fomos eu e Renato pro chuveiro.  Era inverno e eu coloquei o chuveiro no máximo, que chuveiro bom, a dor já não era mais no baixo ventre e sim lá embaixo das costas.  Cada vez que a contração vinha eu me pendurava no Renato. Tentei novamente a bola suíça, definitivamente não foi dessa vez, a bola não era pra mim.  Eu já não sabia mais de quanto em quanto tempo vinham as contrações, às vezes parecia que ela nem ia, ficava direto uma atrás da outra. Depois de exatamente uma hora no chuveiro, resolvemos sair.  Logo chegaram a Vânia e a Joyce, enfermeiras obstetras, isso deveriam ser umas 5 da manhã.  Outro exame, acho que eu estava com 8cm de dilatação. Nesse momento minha bolsa rompeu. Eu estava tão na partolândia que nem vi liquido nenhum.  A partir daí eu fui pra piscina. As contrações vinham e eu sentia vontade de fazer força pra baixo.  A água estava quente, bem quente, foi bom entrar na piscina. Relaxei, pensei até que as contrações tinham espaçado, mas que nada, acho que eu perdi a noção do tempo mesmo.  Bom, daí pra frente fui fazendo força, de cócoras, com o Renato me apoiando por trás.  O dia foi amanhecendo, e eu lá.  Então numa forte contração senti a cabecinha dela coroar.  Na contração seguinte saiu o corpinho. Uma das enfermeiras segurou minha filha Isabel e me entregou. Eu demorei alguns segundos pra abrir os olhos e perceber que ela estava ali já...no meu colo, linda, forte, cheia de vérnix. Deu uma resmungadinha (pra mostrar que estava viva!!). Nasceu as 7:19 do dia 10 de agosto de 2007. Pesou 3,485kg e mediu 49cm. Apgar 9/10. Era tanta emoção, tanta novidade, na hora eu não sabia o que fazer, foi quando a Enf. Vânia me disse que não era preciso fazer nada. Éramos nós, no tão esperado momento, depois de tanto trabalho, o grande encontro. Fiquei mais uns 5 minutos dentro da água com ela, foi quando a Enf. Joyce sugeriu que eu saísse e fosse para o quarto pra verem como estava o sangramento, esperar a placenta e etc. Isabel ligada a mim pelo cordão, só eu podia segurar. E lá fomos nós duas, praticamente guinchadas da piscina e amparadas até o quarto.  Deitadas na cama, Isabel no meu colo, mamou pela primeira vez.  Renato cortou o cordão umbilical. Limparam Isabel, pesaram, mediram, fizeram alguns testes e colocaram uma roupinha nela. Eu estava muito cansada, fiquei deitada na cama, Renato acompanhou esse processo. Elas arrumaram tudo na sala. Trouxeram chocolate, assaram uns pães de queijo, tomei um suco de uva e comi um caju com melado.  As enfermeiras ficaram mais um pouco, deram algumas orientações e foram embora.  No dia seguinte a Enf. Iara veio aqui pra dar o primeiro banho e nos orientar. A Enf. Iara e a Enf. Renata vieram no dia da chegada do leite e “me salvaram” ordenhando o excesso e me ensinando a ordenhar. No décimo dia aproximadamente fizeram a última visita de muitas que aconteceram. Deu uma saudade. Uma vontade de eternizar esta lembrança, este momento lindo que foi o nascimento da nossa filha. Foi então que percebi que nossa filha Isabel é a lembrança viva de tudo isso. 

Conclusões:

   Sou grata por todo o carinho da equipe, que em gestos simples como segurar minhas mãos, arrastar um sofá, pegar uma água, colaboraram para que o parto fosse perfeito.
No começo da gestação eu tinha medo de morrer na hora do parto. No dia do parto eu nem pensei nisso, mas talvez eu tenha “morrido” mesmo, só que de outra forma. Ou melhor...eu renasci. Não achei a dor insuportável, não pensei em anestesia e nem em ir para o hospital, pra mim tudo estava dando certo. O processo é muito envolvente, quando você vê já nasceu. Amei o parto domiciliar, o conforto de estar em casa, livre, com pessoas queridas. O pós-parto em casa foi ótimo. O acompanhamento na descida do leite foi essencial, importantíssimo. Ter com quem contar quando a gente sente a primeira contração, alguém que vem te examinar em casa...é tudo de bom. Eu e o Renato ficamos muito satisfeitos com a nossa escolha por este tipo de parto, foi uma experiência marcante, a mais emocionante das nossas vidas. Sem traumas. Só boas lembranças.

Gabriela Gonçalves é designer, criadora da marca Ninho Slings www.ninhoslings.com , mãe da Isabel de 4 anos e do Bento de 1 ano e 8 meses, ambos nascidos de parto domiciliar com parteiras.





15/11/2011
      "Essa experiência faz parte de mim, acredito que toda fotografia, seja também, um auto-retrato do fotógrafo. Por isso, compartilho com vocês". Eduarda Albuquerque é fotógrafa, casada com o Rafael e mãe da Alice que completa hoje dois aninhos. Segue o depoimento feito por ela e que começa assim:


   "Há exatos dois anos atrás, num dia nublado e chuvoso como hoje, eu sabia que estava pronta, e Alice também.
40 semanas, reta final, entro em trabalho de parto às 22 horas… a partir de então, não houve medo, eu sabia que o que estava por vir seria mágico e que estar consciente era o que importava (e eu só soube disso quando parei de ouvir as opiniões sobre parto e ouvi meu coração), tomei uma ducha no aguardo  da enfermeira obstetra (parteira das boas) Tatianne Frank, que veio não só com seu conhecimento técnico, mas com todo coração e voz interior que a cada momento me enviou forças, no pé do ouvido, nunca esquecerei “você é uma guerreira, sua filha em breve estará entre nós, espere o tempo dela”. Feminino ancestral, deusas, mulheres, força…
Foi uma madrugada e tanto, como o Rafael esqueceu de gravar a playlist do parto, ouvimos incessantemente uma música relaxante com passarinhos ao fundo, mas em algum momento eu não ouvi mais nada, o Rafa estava comigo na banheira, a luz de velas, quando entrei na partolândia… A lembrança que tenho hoje é totalmente sensorial,  primitiva,  havia dor porém a intensidade dela é que me conduzia ao meu verdadeiro ser. Com o passar do tempo, a respiração e os movimentos na água já eram sincronizados, e dessa forma a dor amenizada.
Pela manhã chega outro anjo, a enfermeira Alessandra, nesse momento eu estava no estágio fúria (a maioria das mulheres passa por isso a partir de 8 cm de dilatação).  Qualquer som que não fosse orgânico me tirava o foco, eu não queria conversas, ou toque algum, foi quando a Ale começou a massagear minha lombar e a fazer reiki, eu estava cada vez mais no núcleo do meu ser…
O tempo corre, não me lembro a hora exata, minha bolsa é rompida, Alice desce, fico um bom tempo no período expulsivo. Dr Jesus e o pediatra Dr Paulo já haviam chego.
Alice nasce 15 horas depois do início de trabalho de parto, no dia 15 de novembro de 2009, às 13:37, apgar 9/10, 3.415kg  entre 50 e 52 cm. Com circular de cordão (como grande parte dos bebês). Participação total do meu companheiro, que pariu comigo, cortou o cordão… amor,  seu apoio foi essencial, bem, apoio não é a palavra certa, pois além de estar comigo, você renasceu e em lágrimas compreendeu o universo feminino, uma pequena amostra dele.
Eduarda, Rafael e Alice, na banheira de casa.
Foto: Arquivo pessoal
Dr. Jesus, Dr. Paulo Hauer, Dinda, Pedro, minha mãe e minha sogra (que sempre me deram coragem)  também estavam presentes e receberam Alice conosco.
Empoderamento, é como chamam, e como me sinto – mesmo dois anos após essa experiência,  e esse momento foi tão divino que sinto o mesmo entusiasmo toda vez que relato nossa vivência.  Alice mamou 40 minutos logo após nascer, toda mulher merece e não deve abrir mão dessa experiência. E felizmente, dando uma googlada em “parto domiciliar” vocês podem ver como a cada dia mais mulheres se permitem, e vêem relatando seus partos, documentários sendo produzidos, muita coisa rolando…
Tic tac, revivo e aprendo, revivo e sou grata, revivo e renasço.
Gracias Tiquita! Por ter nos escolhido e por nos presentear a cada dia. De toda forma. Por toda aprendizagem que nos trás e assim nos une.

Essa experiência faz parte de mim, acredito que toda fotografia, seja também, um auto-retrato do fotográfo. Por isso, compartilho com vocês…





09/11/2011
    Só consigo descrever a história a seguir com uma palavra: perseverança.
Elis Freitas é dona de uma força de vontade enorme, sem exagero! Ela superou todos os desafios que muita gente julgava ser impossível naquelas condições ter um parto natural, mas ela não desistiu. Sempre com o apoio do marido, ela se preparou e muito para realizar esse grande desejo, e conseguiu; pariu sua filha na baqueta de cócoras, em casa. "Me mostraram ela coroando por um espelhinho e isso foi o que me deu um gás a mais para fazer a força necessária" . Completa.
   Essa história é bem extensa, ela começa um ano antes do nascimento da Marina, aqui eu vou pular já para o momento do trabalho de parto, mas logo em seguida vou colocar o link onde você poderá ler na íntegra. Com certeza irá te surpreender!


Sábado 02/10/2010


O PARTO


No dia da minha DPP (sábado, 02/10) a noite comecei a sentir contrações com um pouco de dor na frente, como se fosse cólica de diarréia. Vi que estava com ritmo de 5-6min, mas  pensei que pudesse ser mais um alarme falso e não dei bola, fiquei na internet conversando com a minha doula e uma amiga. Fui dormir pois estava com meu filho e sabia que no dia seguinte ele acordaria cedo. Acordei de madrugada, perto das 4h, com dor no coccix durante as contrações. Não dei bola, tentei voltar a dormir, mas não consegui. Eu acordava a cada contração. Resolvi olhar no relógio pra ver que horas eram. 5h30. Me deu uma diarréia punk e tive que levantar. Acompanhei as contrações até 6h30, enquanto trocava mensagem pelo celular com o meu marido. Estavam de 5 em 5min. Liguei pra Iara, que me mandou tomar um banho quente demorado. Mas meu filho tava dormindo e eu tinha receio que ele acordasse e não me visse. E assim foi. Acordou no meio do meu banho já desesperado por estar sozinho. As contrações continuaram... Tentei dormir mais um pouco com meu filho, descansar pra aguentar o TP. A Iara chegou 2horas depois e viu que as contrações estavam 3 a cada 10min e eu já tinha ido ao banheiro umas 4 vezes. Fizemos um toque, ela aplicou rescue e eu estava com 3cm. Meu marido estava trabalhando pois era dia de eleição (ele trabalha com isso) e teria que abandonar o trabalho para vir me encontrar. Perguntei se podia mandar meu marido pegar estrada e ela confirmou que sim. Tinha chegado a hora (a filhinha resolveu dar início ao TP bem no dia mais importante do trabalho do pai. rs). Mandou eu tomar outro banho. Meu filho acordou de novo no meio do meu banho, mas aí a Iara ficou com ele, lendo livro. Meu marido chegou super rápido, 10h30. Quando chegou disse que também despertou no mesmo horário que eu (por volta das 4h da madrugada). Eu já tava na bola pra ajudar nas contrações. 12horas a Iara ia sair pra almoçar e outras viriam pra ficar conosco. Então pedi pra ela fazer um outro toque antes de sair, eu estava com 4cm. Fase ativa do TP. Fiquei desanimada porque vi que ia ser demorado, pois havia levado tudo aquilo pra dilatar apenas 1cm (eu e minha mania boba de querer tudo pra ontem, vai ver meu TP levou o tempo necessário para que eu aprendesse a exercitar minha paciência). Fui dormir um pouco pra descansar. Meu marido foi almoçar com meu filho. A Renata e a Clariana chegaram e ficaram me esperando levantar. Quando levantei elas me colocaram pra caminhar na rua. Meu marido e meu filho chegaram e nos acompanharam na caminhada. Fomos em direção a praia, e as contrações iam me parando e elas me massageavam o cóccix a cada contração. Todo mundo que passava olhava praquela cena. Voltamos porque meu filho estava mal agasalhado para o vento que fazia, então elas foram almoçar e eu fiquei um pouco mais na bola sozinha com meu marido e meu filho. Quando elas voltaram, as contrações haviam reduzido o ritmo e me mandaram caminhar novamente, já era final de tarde, então caminhei pelo quintal da casa, com meu marido e filho. Meu marido me massageava a cada contração. Eu procurava agachar ou mexer o quadril nas contrações. Meu filho achava tudo uma festa, imitava a gente em tudo, queria me massagear, agachava junto com a gente, caminhava com a gente pra todo lado, depois queria pular na minha bola suíça, então as meninas encheram uma bola especialmente para ele ficar me imitando. Pedi outro toque. Estava com 6cm. Mandaram eu tomar outro banho. Nunca tomei tanto banho num único dia. Levei a bola pro chuveiro e fiquei lá, morrendo de frio com a água no nível mais quente possível. Pedi pra elas montarem a banheira pois não aguentava mais de frio. Precisava relaxar. Meu filho ficou super animado com a banheira, achei que ele fosse querer entrar comigo, mas logo em seguida que estava tudo pronto ele pediu pra ir dormir. Eram 19h30, super cedo pra ele, que sempre luta contra o sono até perto das 22h-23h. 19h45 eu entrei naquela banheira e não queria mais sair por nada. Meu deus, como era bom!!! Ligaram o som, com um CD que minha doula gravou pra mim com músicas que eu escolhi especialmente para o parto e pude relaxar. Não olhava pra relógio algum para não ficar encucada. Só lá pelas tantas, no meio da noite, perguntei se ainda era domingo... Eu, que sempre desacreditei quando lia nos relatos que as pessoas dormiam entre as contrações, chegava a flutuar os braços dormindo, chegava até a sonhar. Não sei como não me afoguei. Até então tava tranqüilo, podia levar o tempo que fosse, eu tava suportando bem a dor. 22h eu tava com 7-8cm ainda, colo macio. Meu marido nem sempre podia ficar comigo, porque meu filho ficava acordando toda hora, não sei se pelos barulhos que eu fazia ou se porque foi deitar muito cedo, mas quando ele ficava parecia que tudo ficava mais ameno, eu suportava melhor as dores. 23h45 outro toque e tudo igual. 00h15 um sangramento e acharam que tinha rompido a bolsa, mas por sorte não era. A Iara falou pro meu marido ir descansar pra aguentar o tranco, pois ia demorar. Eu falava que queria sair dali (não sei da onde tirei isto) e a Iara dizia que quem tava falando isto era minha filha e não eu. Meu filho falou pro meu marido no quarto "mamãe tá com dor, né?", e ele respondeu que era porque a irmãzinha dele estava nascendo. As contrações começaram a ficar realmente doloridas. De quatro pareciam aliviar um pouco, então procurava ficar mais nessa posição. Sempre me mexendo, rebolando, lateralizando. Quando eu acordava com uma forte, eu subia na borda da banheira pedindo pra me darem a mão pra eu apertar e gemia muito. Coitada das meninas, devem ter saído roxas.  Elas me massageavam no cóccix com óleo preparado pela Mariana, minha doula. Eu tinha a impressão que tava me afogando e precisava me salvar, mas ninguém podia me ajudar, só eu. Minha médica tava sempre ligando no celular delas para saber o andamento do trabalho de parto. Eu já tava ficando toda enrugada de ficar na água. Já tava achando que não ia mais aguentar as dores, estavam insuportáveis, as contrações pareciam emendadas. Eu lutava contra as contrações, quando elas vinham eu tentava arranjar um meio delas não me maltratarem tanto, tentava amenizar minha dor, e creio eu que com isto prolonguei meu TP. Eu sentia vontade de empurrar, mas na minha cabeça isso não estava certo já que eu sabia que não havia dilatado tudo ainda. Além disso na hora de empurrar me dava vontade de evacuar e eu cortava o empurrão pela metade. Comecei a pedir analgesia, pra me levarem pra maternidade, pra me darem qualquer coisa pra me aliviar a dor. Eu sabia que eu poderia falar essas asneiras, mas esqueci de avisar a equipe pra não me levar a sério. Eu falava isso apenas quando vinha uma contração mas na minha cabeça eu não queria sair dali, eu sabia o transtorno que seria ir para o carro com contração, acordar meu filho, fazer malas, ver novamente meu marido se dividindo entre casa e hospital, tinha medo de chegar na maternidade e tudo parar, enfim... Meu TP foi muito reflexivo, quando achava que não ia mais aguentar, fiquei me lembrando de alguns relatos que li durante a gestação, das pessoas que me incentivaram e das que torceram o nariz quando eu dizia que queria parto normal (e eu sei que muita gente torceu contra), de tudo que eu fiz pra chegar até ali, do medo por talvez não conseguir parir tendo mobilizado tanta gente por tantas horas... Eu pensava "eu não nadei tudo isso pra morrer na praia". Pedi para me fazerem um toque pra eu saber a quantas estava, elas mandaram eu me tocar. Eu precisei colocar só 2 falanges do meu dedo e já senti a cabecinha da minha filha. O som havia parado fazia horas e do nada começou a tocar sozinho, estava com outro CD, gravado pela minha cunhada somente com músicas instrumentais de bebê. Meu marido saiu do quarto e elas contaram pra ele o que eu estava falando. Aí ele falou que eu provavelmente estava assim pela demora e pelo cansaço, não tanto pela dor. Na minha cabeça tava tudo muito lento, mesmo a Iara falando que tava tudo dentro do padrão esperado (e hoje vendo o partograma, eu vejo que realmente estava). Continue lendo


Elis com a filha e o marido, sob os cuidados de uma Hanamiga
Foto: Arquivo pessoal






08/11/2011


  Hoje quem vai compartilhar a maravilhosa experiência de parto é a Mariana Notari de Cascavel, no Paraná. Ela é mãe de duas fofuras, o VH que nasceu na água e foi o primeiro bebê a nascer em um parto humanizado naquele hospital e a AC que nasceu em casa, em um parto super rápido, no sofá da sala, ao som de MPB. Dois bebês direto pro colinho e pro peito da mãe. Vale a pena ler essa história, leia até o final, um relato de parto  emocionante, onde a protagonista soube usar seu poder como mulher e com muito bom humor dá dicas muito interessantes para você que quer ter um parto natural.

Sábado 24/09/2011




   De madrugada fui fazer o chá da parteira mexicana Naolí. Indicado pela Tati, Enf. Obstétrica, pedi ao Rodrigo que comprasse todos os ingredientes. Esperei o VH e o Roo dormirem e fui pra sala tomar o tal chá. Fortíssimo e apimentado, tomei uma xícara. Naquela manhã acordei disposta e normal. Fui tomar café da manhã com o VH e ficamos tomando banho de sol atrás de casa. Meu corpo sabia que alguma coisa estava pra acontecer, instintivamente tirei minha roupa, e fiquei nua, eu o Sol, VH e a barriga que AC se aninhava. O papai chegou, e eu fui me arrumar. Aquele era um dia que estava programado em minha cabeça. Como a Tati disse, era um dia para se fazer amor, amor em família. Queria namorar nossos últimos momentos a três. Pois a partir de qualquer momento, seríamos eternamente quatro. Fomos almoçar no shopping, eu e o VH nos esbaldamos em um prato de nhoque e um filé mignon. Tomamos um sucão de abacaxi com hortelã e ainda passamos comprar lenços umedecidos na Americanas. Passeamos e resolvemos ir tomar um sorvete numa sorveteria antiga de Cascavel. No caminho, VH dormiu e eu e o papai pudemos sentar tranqüilos e aproveitar a “vaca preta” caprichada. Voltamos ao carro pois o dia estava lindo, e queríamos dar uma passada no Lago Municipal. Chegando lá foi que o VH acordou, e foi direto inaugurar os novos brinquedos do parquinho. Foi sua primeira vez no escorregador, e lógico, ele amou descer e subir sozinho. Brincou, andou, correu, se sujou, chorou... até que resolvemos dar uma passada na casa dos avós paternos e ver a Dinda (que é o seu grande grude). Ficamos lá, comendo pipoquinha, cuecas viradas e tudo mais. Eu fiquei super tranqüila, sentada, comendo, brincando com o VH e com o primo dele que lá estava também. A vovó resolveu fazer um macarrão ao molho branco do qual sou fã número 1, e eu jantei por 10 pessoas. Comi muito! Como Ana ainda não havia nascido, e nos últimos tempos nossa vida estava bastante atribulada, pedi que a Dinda e os avós ficassem cuidando do VH por um tempinho, para eu e o Roo namorarmos, conversarmos, nos olharmos... e lá fomos nós. Pra nossa casinha. Enchemos a banheira, coloquei espuma energizante e ficamos lá um tempão, conversando e nos aproximando do grande momento. Brincamos muito, rimos muito e por fim fomos buscar o VH. Chegamos lá já era passado da meia noite, e o VH estava dormindo com o vovô na cama. Então ficamos eu, Roo, vovó e dinda assistindo Titanic. Quando foi próximo da uma e pouquinho da madruga, pegamos o VH e voltamos pra casa.

Domingo – 25/09/2011


Papai, mamãe e a princesa da casa
Foto: Arquivo pessoal
Chegando em casa, o Roo foi pra sala assistir TV (e provavelmente dormir...) e eu fui pra cama dormir com o VH. Deitei e dormi, afinal, VH já estava capotado mesmo. 4:09h da madrugada acordei com uma dor muito forte no pé da barriga, pensei com os meus botões que fosse a bexiga cheia, então fui me virar para levantar e ir ao banheiro. E quem disse que consegui me virar? Que nada, a dor era muito intensa, mas passou. E eu voltei a dormir. 4:19h da madrugada, acordei novamente gemendo de dor. Liguei no celular do Roo e ele logo apareceu no quarto. Pedi que ele me ajudasse a levantar para que fôssemos ficar na sala. No caminho ele ainda comentou que não havia dormido nada, e que estava cansado, que se fosse TP, estaríamos exaustos. Fomos pra sala e eu logo corri e me abaixei no sofá gemendo. Com uma imensa vontade de fazer número 2. Passou a dor e eu fui no banheiro. Lá tive duas contrações fortíssimas, com direito a colocar as idéias no lugar e pensar que sempre que a dor viesse, eu deveria ir com ela, e não contra ela. Meio confusa, voltei pra sala e fiquei de quatro no sofá, gemendo forte e alto a cada contração. Rodrigo começou a monitorar, e quando me falou como estavam, pedi que ele ligasse imediatamente para a Enf. Val que nos acompanharia. As contrações estavam com intervalo de 1m e 30s e com duração em média de 40 a 45s. Mas o que mais me preocupava era que estavam MUITO intensas. Eu gemia alto. Perdia o ar, tinha ânsia e vontade constante de fazer número 2. De quatro no sofá e ali permaneci. As contrações vinham muito rápidas, e eu comecei a chorar e falar pro Rodrigo que não estava certo. Pois no parto do VH eu quase não senti dor no começo, e ficava me questionando em porque eu não estava sabendo lidar com o início do TP da Ana?! Quando eram 5:15h da madrugada, a Enf. Val chegou, e com ela, as minhas contrações começaram a vir acompanhadas daquele movimento que o útero faz sozinho – expulsar o bebê. Me achei a louca! COMO??? A Val ligou pro Dr. Jesus – obstetra - (que estava de sobreaviso nas Marinas) e comunicou que estava tudo muito efetivo,mas que ainda não havia feito avaliação nenhuma. O Dr.Paulo – pediatra- não estava com o celular ligado então, ficamos ali, nós três. A doula Mari havia viajado e então sabíamos que ela não estaria ali. Na dificuldade de conseguir auscultar o coração da Ana entre uma contração e outra, finalmente a Val conseguiu. A Ana já havia virado dentro da barriga e estava no quadrante inferior esquerdo, o qual ela nunca esteve, He He. O coração estava ótimo, inclusive nas contrações. As quais essas foram em pé, grudadas rebolando com o Rodrigo. Chegou a hora do toque. Depois de uma contração intensa, deitei e a Val logo avaliou. Não me falou nada, pois sabia que eu não queria saber. Mas pedi que me falasse, pois eu precisava avisar a Duda fotógrafa e saber quanto tempo de dores daquele nível eu agüentaria. Ela me falou que estava quase...estava com 7cm (SIM, 7 JÁ! E isso eram 5:35h), com o colo afinando mas a Ana ainda estava alta. Então pedi que o Rodrigo enchesse a banheira, pois eu teria que achar um jeito alternativo de relaxar e parar de gritar e fazer força, mesmo que involuntariamente. Nessa altura, as contrações estavam fortíssimas, eu estava novamente de quatro no sofá, fazia aquele som de força para fazer número 2, ficava sem ar e pedia sempre uma mão para segurar. 
E era a Val que estava ali, enquanto o Roo estava trabalhando na água da banheira. Estávamos nós duas na sala, com tudo apagado, apenas a TV ligada num MPB. VH dormia feito um anjo na cama, só deu uma resmungada apenas quando a porta estava aberta e eu tive uma contração daquelas. Mas o papai foi lá e ele logo voltou a capotar. De repente o Roo entra na sala, e numa contração... PLOCT!!! A bolsa estourou, espirrando MUITA água no sofá. A Val ria de alegria, o Roo me acalmava falando que era só a bolsa e que não era pra se preocupar com o sofá e eu chorava de desespero sem saber o que havia acontecido. Quando olhei por baixo das minhas pernas, o sofá todo molhado. Que trash! A bolsa estourou 6:20h, e foi nessa hora que eu pensei comigo: agora se tava ruim, vai ser 10x pior! Que nada... uma contração daquela de fazer ficar sem ar, senti meus ossos se abrindo e uma coisa dura na vagina. Coloquei a mão e avisei: ela vai nascer Val. A cabeça está aqui, eu estou sentindo. Nisso, o Roo estava no telefone com o Dr. Adriano – obstetra que assistiu ao parto do VH – pois achávamos que o Dr. Jesus não chegaria a tempo. Só olhei pro Roo e falei: venha ver sua filha nascer. Nisso a cabecinha estava saindo todinha na minha mão, eu sentindo cada movimento e sem dor, pois pasmem! A contração havia passado. O Roo passou a mão na cabeça dela e me disse: nossa filha é linda! Eu fazendo carinho, a Val soltou da minha mão e foi receber a Ana nascendo, pois pela minha posição eu não conseguia pegar. E o Roo falando pro Dr. Adriano que estava nascendo, perguntando o que ele fazia (E o Dr. Adriano respondendo que nada, pois ela estava só nascendo... hehehehehe). Senti ela girar, e sair cada milímetro do corpinho dela. Bem devagar, logo chorou forte! Eu pedi à Val que me entregasse a Ana, e a Val calmamente retirou uma circular de cordão e me entregou direto no peito. A Ana Cecília havia nascido! 6:31h, quentinha quentinha. Limpinha, sem nada de sangue, direto pra mim. Com um cheiro DELICIOSO. Sua cabecinha cabeluda eu lambi e beijei. Seu corpinho eu grudei no meu e esquentei. Fiquei ali com ela, o papai ao nosso lado namorando suas duas meninas. A Val cuidando de tudo... ela nasceu ali, no sofá da sala, com a luz apagada, escutando um MPB, assistida pelo papai e tocada pela mamãe. VH dormia na cama. O Chuveiro estava ligado, a banheira cheia e nenhum médico havia chego. Enrolaram-nos no cobertor e ficamos nuas nos namorando e pulsando vida pelo cordão. Meia hora depois o Dr. Jesus chegou para somente avaliar o períneo, ajudar a dequitar a placenta e clampear o cordão. Períneo íntegro, sem nadica de nada. A placenta demorou um tico pra sair, mas com a força que nossa Ceci sugava meu peito (que força! Que fome!) as cólicas vinham fortes e logo a placenta nasceu também. Cheia de vida. Linda. Pudemos vê-la e enterrá-la em nosso quintal. O cordão foi clampeado um booooooooooom tempo depois, He He. E eu permaneci ali, com ela em meu peito. Avisamos aos nossos pais e ficamos tranqüilos na sala. Forraram o sofá pra eu deitar, pois estava uma aguaceira que só. Chegou primeiro a Titia Karina, depois os avós paternos. 10:00h da manhã ensolarada e de primavera do dia 25 de setembro, VH acorda e vai conhecer sua irmã. Com os olhos inchados de tanto dormir, ele abriu um sorriso de dentes maior que ele, a beijou, a tocou e se uniu àquele grande momento eterno da nossa família de 4. Estávamos nós quatro finalmente juntos. O pediatra chegou logo em seguida, pesou, mediu, aplicou a Vitamina K e fez os testes de reflexo. Ana Cecília nasceu com apgar 10 10, sem sombra de dúvida, pesando 3,145Kge medindo 48cm de muita beleza. Perfeitinha, menininha. Voltou pro meu colo e até agora estamos ligadas uma à outra, não mais pelo cordão, mas agora pelo amor, pelo coração, pelo toque, pelo olhar e principalmente pelo cheiro. Ana Cecília é tranquila  suga super bem (e mamãe já tem até leitinho!!!) e dorme muito! Os avós maternos chegaram mais tarde, pois estavam em Foz, hehe. Ainda não consegui entender como em duas horas de trabalho de parto ela foi nascer... eu definitivamente não esperava que fosse tão rápido. Tão selvagem. Consegui manter a calma, consegui deixar a dor abrir minhas entranhas, consegui abraçar minha filha. Ela? Ela conseguiu me surpreender desde o início dessa gestação, e no parto não poderia ter sido diferente não é mesmo? Agora estamos aqui, aninhados em família. Um grande abraço, da familinha Martins Notari.




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