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09 de Novembro de 2011


Documentário O Renascimento do Parto fala sobre informação, hormônios do amor e opções de parto.


Em entrevista exclusiva à Revista Crescer, a co-autora longa Érica de Paulo afirma que a mulher tem o direito de escolher de que forma vai ter o seu bebê.


Érica de Paula é psicóloga, doula e acupunturista especializada em atender gestantes. A paixão pelo mundo da maternidade tomou proporções tão grandes que, ao sugerir uma pauta sobre o assunto para o programa de TV do marido Eduardo Chauvet, em uma emissora de Brasília, o casal resolveu fazer um documentário que acabou tornando-se o longa mais esperado para os interessados da área – O Renascimento do Parto (assista ao trailer aqui) - com estreia programada para março de 2012. “Já prevemos pelo menos dois filmes pela frente, para conseguirmos dar ao assunto a profundidade que ele merece”, acrescenta Érica.

Em entrevista à Crescer, Érica fala mais sobre o documentário, que conta com depoimentos de grandes nomes da área de saúde, como Michel Odent (um dos precursores do movimento de parto fisiológico no mundo e a primeira pessoa a colocar uma piscina de parto dentro de uma maternidade), e de quem passou por diversas experiências de parto, como o ator Márcio Garcia, 41, e sua mulher, Andréa Santa Rosa, 33, que passou por “uma cesariana, um parto normal hospitalar com intervenções e um parto totalmente fisiológico, natural e domiciliar” para ter os filhos Pedro, 8, Nina, 5, e Felipe, 2.

Crescer: Por que surgiu a ideia de fazer esse longa?
Érica de Paula:
 Para promover um maior conhecimento da população em geral a respeito dos aspectos fisiológicos, emocionais, culturais e financeiros que estão por trás do parto e nascimento. Tenho observado com espanto o quanto as mulheres são desinformadas quando se trata do parto (ou seja, de uma coisa que acontecerá com o corpo delas), deixando todas as decisões na mão do profissional médico, sem nenhum questionamento mais aprofundado, e se deixando levar por grandes mitos que cercam o assunto. Continue lendo.




22 de Outubro de 2011

Espere seu bebê querer nascer

   Reportagem publicada pela Revista Crescer online, aponta para a importância de a mulher esperar o trabalho de parto acontecer e não deixar-se envolver pela falsa sensação de comodidade que uma cesária eletiva pode provocar. Há muitos benefícios comprovados cientificamente que, aguardar o bebê dar indícios de que esteja preparado para nascer, é benéfico tanto para a criança, como para a mãe. Leia a matéria!

    Alguns estados americanos estão criando regras para que o parto cesárea não seja mais feito antes das 39 semanas. Saiba por que é importante entrar em trabalho de parto e veja quais são os riscos de agendar a data da cesárea - para você e para o seu filho também.
     Sim! Alguns dias fazem muita diferença na vida do bebê. É claro que existem exceções quando a gestação passa das 39 semanas ou, então, quando há realmente um motivo médico para que uma cesárea seja feita. No entanto, o aumento exponencial do número de cesáreas eletivas (aquelas realizadas sem nenhuma necessidade), tendo como consequência bebês com problemas, tem engatilhado uma série de alertas dos médicos sobre essa irresponsabilidade – no Brasil e no exterior. Continue lendo.


28 de Setembro de 2011

Parto domiciliar- Refletindo sobre paradigmas

     Artigo publicado pela Dra. Melania Amorim no site Guia do Bebê, traz a reflexão sobre o que realmente representa para o nosso futuro a escolha pelo parto domiciliar. Que não é um retrocesso, mas sim uma mudança com consciência. Impossível não deixar de dizer a enorme quantidade de estudos recentes sobre os benefícios desse tipo de parto, entenda-se que se trata de um assunto embasado em conhecimento e não em premissas.

Segue o artigo na íntegra, leia, reflita, compreenda a importância da discussão desse tema.

Dra. Melania Maria Ramos de Amorim
Parto domiciliar: refletindo sobre paradigmas


“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro”

(Ricardo Herbert Jones)

Ana Paula Caldas, médica neonatologista, 
em seu parto domiciliar, imediatamente depois
 do nascimento de Lis - Foto: Ana Cristina Duarte
     Quando começamos a escrever esta coluna para o Guia do Bebê, em 2010, nosso primeiro artigo abordou um assunto que começava então a despertar o interesse da mídia brasileira: o parto domiciliar (1). Na oportunidade, revisamos as evidências científicas disponíveis e concluímos que o parto domiciliar, uma realidade frequente em outros países, como Holanda, Inglaterra e Canadá, representava uma alternativa segura para as gestantes de baixo risco, resultando em menor taxa de intervenções como episiotomia, analgesia, operação cesariana e parto instrumental (fórceps e vácuo-extrator), sem aumento do risco de complicações para mães e bebês (2-4). Destacamos a publicação, em 2009, de um grande estudo de coorte comparando mais de 500.000 partos domiciliares ou hospitalares planejados em gestantes de baixo risco, no qual não se verificou diferença significativa no risco de morte fetal intraparto, morte neonatal precoce e admissão em unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal (4). 

    Interrompendo temporariamente nossa série de artigos sobre Parto Normal vs. Cesárea (5-7), voltamos agora a abordar este tema, que recentemente retoma a atenção da mídia despertando intensa polêmica, depois da publicação de matéria online no site da maior revista de atualidades brasileira, com o título sensacionalista “Parto domiciliar: quando o risco não é necessário” (8). Depois de publicar uma controvertida matéria sobre os milagrosos efeitos de uma medicação antiobesidade (9) que não é aceita pela comunidade científica com esta finalidade (10,11) a revista volta a fazer incursões na área de saúde, mas desta vez em paz com os “conselhos de medicina”, ao alertar que o parto domiciliar estaria expondo mulheres e crianças a “complicações que podem ser graves” (8). Continue lendo.